Como já tinha dito, dedico agora mais a ler do que a escrever, visto que é crucial ler bastante para se aprender a escrever. O último livro que li foi “A Peste” de Albert Camus, obra que valeu a este autor o Prémio Nobel da literatura em 1957.
Quando acabei de ler o livro constatei que, antes de ir buscar o livro a uma das estantes do sótão, não conhecia o autor, e lembrei-me de pesquisar sobre Albert Camus para depois publicar n’Esta Versão dos Factos, o primeiro post de uma nova rubrica – Versões biográficas.
(Eis o que descobri: )
Albert Camus, escritor francês, nasceu na Argélia, em Mondovi, província de Constantina, a 7 de Novembro de 1913. Faleceria aos 47 anos de idade, em Janeiro de 1960, em consequência de um acidente de automóvel, quando regressava a Paris, vindo de uma pequena digressão.
Enfrentou grandes dificuldades durante os seus estudos na Faculdade de Argel. Foi obrigado a recorrer a diversos empregos para suportar as despesas da vida de estudante, entre os quais se contam: vendedor de acessórios para automóvel, meteorologista, empregado num escritório, funcionário administrativo na Polícia. Simultaneamente dedicava-se ao desporto e animava um grupo teatral – L’Equipe.
Licenciado em Filosofia, a doença (uma crise de tuberculose) impediu-o de levar mais longe a carreira de Professor. Dedicou-se então ao jornalismo. Com a invasão da França ingressou na Resistência Francesa, e a Libertação encontrou-o redactor do jornal Combat.
Quando acabei de ler o livro constatei que, antes de ir buscar o livro a uma das estantes do sótão, não conhecia o autor, e lembrei-me de pesquisar sobre Albert Camus para depois publicar n’Esta Versão dos Factos, o primeiro post de uma nova rubrica – Versões biográficas.
(Eis o que descobri: )
Albert Camus, escritor francês, nasceu na Argélia, em Mondovi, província de Constantina, a 7 de Novembro de 1913. Faleceria aos 47 anos de idade, em Janeiro de 1960, em consequência de um acidente de automóvel, quando regressava a Paris, vindo de uma pequena digressão.
Enfrentou grandes dificuldades durante os seus estudos na Faculdade de Argel. Foi obrigado a recorrer a diversos empregos para suportar as despesas da vida de estudante, entre os quais se contam: vendedor de acessórios para automóvel, meteorologista, empregado num escritório, funcionário administrativo na Polícia. Simultaneamente dedicava-se ao desporto e animava um grupo teatral – L’Equipe.
Licenciado em Filosofia, a doença (uma crise de tuberculose) impediu-o de levar mais longe a carreira de Professor. Dedicou-se então ao jornalismo. Com a invasão da França ingressou na Resistência Francesa, e a Libertação encontrou-o redactor do jornal Combat.
Entretanto, o seu nome subira ao primeiro plano do panorama literário francês e mundial. Em 1957, (como já referi) sobreveio a consagração do Prémio Nobel, atríbuido à obra “A Peste”. Este romance retracta alegoricamente a realidade da ocupação alemã numa cidade assolada por uma epidemia, cenário para a apresentação da condição humana.
“Com efeito, ao ouvir os gritos de alegria que subiam da cidade, Rieux lembrava-se de que esta alegria estava sempre ameaçada. Porque ele sabia o que esta multidão eufórica ignorava e se pode ler nos livros: o bacilo da peste não morre nem desaparece nunca, pode ficar dezenas de anos adormecido nos móveis e na roupa, espera pacientemente nos quartos, nas caves, nas malas, nos lenços e na papelada. E sabia também que viria talvez o dia em que, para desgraça e ensinamento dos homens, a peste acordaria os seus ratos e os mandaria morrer numa cidade feliz.”
Exerto de “A Peste”
De Albert Camus
Na base da obra filosófica e literária (uma obra de ficção e ensaísta) de Camus está sobretudo a reflexão sobre o absurdo, mas também o suicídio, a solidão, a morte, a esperança e a solidariedade. Os seus livros testemunham as angústias do seu tempo e os dilemas e conflitos já observados em escritores que o precederam, tais como Franz Kafka, ou Dostoiévski.
Camus é, a par de Sartre e de Simone de Beauvoire , considerado um dos escritores mais representativos do existencialismo francês (corrente filosófica e literária que destaca a liberdade individual, a responsabilidade e a individualidade própria do ser humano. O existencialismo considera cada homem como um ser único que é responsável pelos seus actos e dono do seu destino). A sua reflexão recai inicialmente sobre o absurdo, o suícidio (tema retratado em “O Mito de Sísifo”), a solidão e a morte, dirigindo-se gradualmente para a esperança e a solidariedade humanas como possíveis soluções para o drama do absurdo. Esta trajectória serve de apoio a um aproveitamento interessado do seu pensamento e da sua figura pelos círculos católicos.
A límpida perfeição estilística da sua escrita e a sobriedade da sua inspiração novelesca contribuem, em grande escala, para a eficácia da sua expressão literária.
Segundo o próprio autor, as suas obras agrupam-se pelos círculos temáticos: da rebelião (integrado por “A Peste”, pelos dramas “O Estado de Sítio” e “Os Justos”, e pelo ensaio “O Homem em Rebeldia”); e o da medida (do qual fazem parte os relatos “ A Queda” e “O Exílio e o Reino”).
“Com efeito, ao ouvir os gritos de alegria que subiam da cidade, Rieux lembrava-se de que esta alegria estava sempre ameaçada. Porque ele sabia o que esta multidão eufórica ignorava e se pode ler nos livros: o bacilo da peste não morre nem desaparece nunca, pode ficar dezenas de anos adormecido nos móveis e na roupa, espera pacientemente nos quartos, nas caves, nas malas, nos lenços e na papelada. E sabia também que viria talvez o dia em que, para desgraça e ensinamento dos homens, a peste acordaria os seus ratos e os mandaria morrer numa cidade feliz.”
Exerto de “A Peste”
De Albert Camus
Na base da obra filosófica e literária (uma obra de ficção e ensaísta) de Camus está sobretudo a reflexão sobre o absurdo, mas também o suicídio, a solidão, a morte, a esperança e a solidariedade. Os seus livros testemunham as angústias do seu tempo e os dilemas e conflitos já observados em escritores que o precederam, tais como Franz Kafka, ou Dostoiévski.
Camus é, a par de Sartre e de Simone de Beauvoire , considerado um dos escritores mais representativos do existencialismo francês (corrente filosófica e literária que destaca a liberdade individual, a responsabilidade e a individualidade própria do ser humano. O existencialismo considera cada homem como um ser único que é responsável pelos seus actos e dono do seu destino). A sua reflexão recai inicialmente sobre o absurdo, o suícidio (tema retratado em “O Mito de Sísifo”), a solidão e a morte, dirigindo-se gradualmente para a esperança e a solidariedade humanas como possíveis soluções para o drama do absurdo. Esta trajectória serve de apoio a um aproveitamento interessado do seu pensamento e da sua figura pelos círculos católicos.
A límpida perfeição estilística da sua escrita e a sobriedade da sua inspiração novelesca contribuem, em grande escala, para a eficácia da sua expressão literária.
Segundo o próprio autor, as suas obras agrupam-se pelos círculos temáticos: da rebelião (integrado por “A Peste”, pelos dramas “O Estado de Sítio” e “Os Justos”, e pelo ensaio “O Homem em Rebeldia”); e o da medida (do qual fazem parte os relatos “ A Queda” e “O Exílio e o Reino”).

“Você sabe o que é o encanto?
- é ouvir um sim como resposta sem ter perguntado nada.”
Fontes:
- Sites / Bloges:
http://margemesquerdatribunalivre.blogspot.com/
- Livros:
"A Peste" - Publicação do jornal Diário de Notícias
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