sábado, 29 de dezembro de 2007

Tons que tocam


Intérprete: Paula Oliveira e Bernardo Correia


Tema: Indíos da Meia Praia

Autor: Zeca Afonso

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Partir as correntes

“A liberdade é a possibilidade do isolamento. És livre se podes afastar-te dos homens, sem que te obrigue a procurá-los a necessidade de dinheiro, ou a necessidade gregária, ou o amor, ou a glória, ou a curiosidade, que no silêncio e na solidão não podem ter alimento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo.”

in Livro do Desassossego
De Bernardo Soares


Por vezes sinto que tudo o que me rodeia me aprisiona. E quando isso acontece, tiro uns dias para dar uma escapadinha, sozinho (ou antes, só comigo), para me voltar a sentir livre no sentido mais amplo da palavra… Talvez Bernardo Soares (ou Fernando Pessoa) tenha razão… Fica aqui registado, para não me esquecer, que mais dia, menos dia, parto (de novo) à procura dessa liberdade, à minha procura, e à procura do meu Norte. E se esse dia não pode ser hoje… Sei que amanhã faltará menos um dia…

sábado, 8 de dezembro de 2007

Fases Negras

São mágoas, rancores, revoltas e tormentas que me enchem. São sofrimentos de vários dias acumulados. Pressões, responsabilidades, prazos…
Enfim, é a vida toda a fervilhar e eu inquietamente desgastado, sem a conseguir controlar.
E nervoso vou mudando. Não me consigo adaptar, não consigo encaixar em tudo o que se move.
E deste caos surgem frustrações e problemas.
E deste caos surgem incertezas e indefinições.
E deste caos surgem acesas discussões interiores.
E noto que dentro de mim à refracções. Dentro de mim à dissidências, conflitos, rebeldias e contradições que me agitam por dentro, que vivo plenamente.
E toda esta discórdia que custa a caber num ser só, pinta-me por dentro de preto e de cinzento, tingindo o mundo que vejo.
Olho-me e vejo-me hostil, cerrado, avesso, aparentemente indiferente, alheado, mas, em boa verdade transtornado, debilitado, inadaptado.
Olhando-me, não me reconheço, eu não sou este ser amargo…
Recolho-me, encolho-me, levanto a guarda tão alto quanto consigo, e protejo-me.
Mas esta fraca protecção, a mais forte que sou capaz, chama-se vulnerabilidade, e tudo o que acontece me ataca, e até a leve chuva fere.
É frágil a corda que impede o nosso mundo de desabar.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Tons que tocam



Intérprete: Madredeus

Tema: Guitarra